Os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com cirurgias bariátricas no Estado do Pará aumentaram 16% em 2012, em relação ao ano anterior. No total, foram 50 cirurgias ao custo de R$ 284.533,68, enquanto, em 2011, foram contabilizados no Estado 43 procedimentos por R$ 245.659,64. Em todo o País foram 6.029 cirurgias no ano passado e o número deverá ser ainda mais alto nesse ano. Durante coletiva em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou uma portaria que, entre outras medidas, define orientações para a realização de cirurgia bariátrica, considerada pelo SUS como o último recurso para a perda de peso.
Só com o tratamento de doenças associadas à obesidade, o SUS gastou no País R$ 488 milhões em 2011. Os dados levam em conta 26 doenças diferentes, como câncer e diabetes, e apontam que a proporção de pessoas acima do peso no Brasil tem aumentado. Como os números são inéditos, não há informações de anos anteriores e nem regionais para comparação. Dos R$ 488 milhões desembolsados em 2011 pelo governo, R$ 289 milhões (59,2%) serviram para cobrir tratamentos hospitalares e R$ 199 milhões (40,8%) foram destinados a atendimentos ambulatoriais, de acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília (UnB), que analisou dados de internação e atendimento de média e alta complexidades relacionados ao tratamento de obesidade.
Conforme o Ministério, há 1.550.993 pessoas com obesidade grave no País, o que representa 0,8% da população. Um estudo realizado pela pasta em 2011 revelou que a proporção de habitantes acima do peso cresceu de 42,7% em 2006 para 48,5% em 2011. Nesse mesmo período, a quantidade de obesos subiu de 11,4% para 15,8% dos brasileiros.
Em Belém, esses números são ainda mais alarmantes: passou de 39,5% para 46%, o que representa um avanço de 17%. Segundo esse levantamento, a cada dez homens na capital paraense, cinco são considerados gordos. Entre as mulheres, essa proporção é de quatro a cada dez. Em relação a obesidade, a pesquisa revela que 13% da população está nessa situação, sendo 15% da população masculina e 12% da população feminina.
A nova Linha de Cuidados Prioritários do Sobrepeso e da Obesidade no SUS define como será o cuidado, desde a orientação e apoio à mudança de hábitos até os critérios rigorosos para a realização da cirurgia bariátrica. A obesidade é um fator de risco para a saúde na cidade de Belém e tem forte relação com altos níveis de gordura e açúcar no sangue, excesso de colesterol e casos de pré-diabetes.
Fonte: Portal ORM