Belém é o município mais populoso do Pará e o segundo da região Norte. A população de Belém é em número de 1 485 732 habitantes, segundo estimativa do IBGE em 2018, e o 12º município mais populoso do Brasil. Ocupa a 22ª posição no ranking de IDH por capital (0,746, alto) e a sexta posição na lista de maiores IDH da região Norte – 3º maior IDH por capital por região.
Belém é um município brasileiro e capital do estado do Pará, situado na região Norte do país. A cidade foi fundada em 12 de janeiro de 1616 pelos portugueses, desenvolvendo-se às margens da baía Guajará.
É uma cidade histórica e portuária, localizada ao extremo nordeste da maior floresta tropical do mundo, sendo a capital mais chuvosa do Brasil devido a seu clima equatorial, influenciada diretamente pela Amazônia. Belém possui uma área de 1 059,458 km² e uma altitude de dez metros ao nível médio do mar, estando a cerca de 2 140 km da capital federal, Brasília.
População de Belém – IBGE
A população de Belém é de 1 485 732 habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, fazendo do município o mais populoso do Pará e 12ª cidade mais populosa do Brasil (2º maior da região Norte do país).
De acordo com o censo demográfico de 2010, 734.391 habitantes eram mulheres (equivalendo a 50,78% da população), e 659.008 homens (representando 45,57% da população); Com a maior parte da população (67,83%) com idade entre 15 e 64 anos (980.878 habitantes), e expectativa de vida de 74 anos. Comparando 2010 à atualmente, houve um crescimento populacional de 3,64%. Possuindo assim, a 2ª segunda maior densidade demográfica desta macrorregião (1.315 hab/km²), onde 1 380.836 vivem em zona urbana, enquanto que apenas 11 195 vivem em zona rural. Em 2008, 97,63% de sua população era alfabetizada.
Sua região metropolitana (RMB) é a segunda mais populosa da Amazônia (2 402.437 hab), a 14.ª mais populosa do país[nota 4][116] e a 178ª do mundo. É classificada como uma das capitais com melhor qualidade de vida do Norte brasileiro. De acordo com um estudo genético de 2013, a ancestralidade da população de Belém é composta por: 53,70% de contribuição europeia, 29,50% de contribuição indígena e 16,8% de contribuição africana.
População de Belém – Região Metropolitana
Criada por lei complementar federal em 1973 alterada em 1995, 2010 e em 2011, a Região Metropolitana de Belém (RMB), com 2 381 661 habitantes IBGE/2014, compreende os municípios de Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba, Santa Bárbara do Pará, Santa Isabel do Pará e Castanhal. Devido ao intenso processo de conurbação, hoje a Região Metropolitana de Belém é um dos maiores aglomerados urbanos da Região Norte. É a 177ª maior área metropolitana do mundo e 11ª do Brasil.
Cidades próximas como Abaetetuba e Barcarena encontram-se sob influência direta de Belém, sendo que as duas já ultrapassaram a marca de cem mil habitantes. A região do “Entorno de Belém”, compreende municípios em um raio de até 60 quilômetros a partir da cidade, apresentando integração contínua, com uma população que se aproxima de 3 milhões de pessoas.
População de Belém – Religião
A maior parte da população na cidade é católica, porém é possível encontrar pessoas adeptas das mais diversas religiões, as principais são: espiritismo, protestantismo, judaísmo, neopaganismo, islamismo e também estão muito presentes as religiões afro-brasileiras (tambor de mina e babaçuê) trazidas da África pelos escravizados. Cerca de 72,10% da população de Belém é católica, 18,30% são protestantes, 1,53% são de orientação Espírita, 0,19% são seguidores de religiões de origem africana e 0,1% são judeus.
Religião predominante no estado e o município de Belém, sedia o evento religioso Círio de Nazaré, que acontece anualmente no segundo domingo de outubro, reunindo cerca de dois milhões de fiéis. O Círio, em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é a maior festa cristã do país e a maior procissão católica do mundo, sendo celebrada desde 1793, em Belém. Atualmente, as manifestações de devoções religiosas estendem-se por quinze dias, durante a chamada quadra Nazarena. Entre os pontos altos dessa manifestação, destacam-se: romaria fluvial, romaria rodoviária, moto-romaria, transladação, procissão do Círio, o Círio propriamente dito e o recírio. A capital paraense possui inúmeras igrejas, capelas e santuários, das quais se destacam a Catedral Metropolitana de Belém, a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e a Igreja de Santo Alexandre (atualmente Museu de Arte Sacra), Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Igreja Nossa Senhora das Mêrces, Igreja Nossa Senhora do Carmo, entre outras.
No início do século XX, a Igreja Batista da cidade recebeu dois missionários batistas suecos oriundos dos Estados Unidos: Daniel Berg e Gunnar Vingren. Missionários vieram para o Brasil embalados pelo trabalho missionário nos EUA, sob a autorização do reverendo Nelson ficavam à frente do trabalho enquanto esse ia aos EUA em busca de fundos para a obra. Enquanto fora, os missionários aproveitavam a oportunidade para pregar o pentecostalismo ao qual tinha se convertido ainda nos Estados Unidos. Devido às dissensões, acabaram sendo convidados a se retirarem em 1910, formando sua própria congregação com o grupo que concordava com os novos ensinos. Mais tarde essa congregação seria chamada Igreja Evangélica Assembleia de Deus, a maior igreja evangélica do Brasil e a maior igreja pentecostal do mundo. Assim Belém se tornou o berço da doutrina pentecostal evangélica e já foi palco de grandes eventos religiosos. Depois do catolicismo, a evangélica é a segunda religião mais praticada na cidade e possui um grande números de casas de oração, dentre as quais as principais são: Assembleia de Deus (tendo sua fundação nacional primeiramente em Belém), Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Universal do Reino de Deus e Igreja Batista. Outras denominações evangélicas presentes na cidade: Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Igreja Anglicana, Igreja Adventista do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová.
A maioria dos judeus em Belém chegaram à cidade no século XIX, oriundos do Marrocos, descendentes dos refugiados da Inquisição na Espanha e em Portugal (1496). Os judeus se dirigiram para a região com intuito de poder praticar sua fé com liberdade e enriquecer com o crescente extrativismo da região, facilitados por ser uma cidade portuária atingida pela carta régia, que abriu os portos do país para nações amigas. Muitos migraram diretamente para Belém, fundando a primeira Comunidade Judaica da Amazônia e do Brasil República, alguns se espalharam no interior ao longo do Rio Amazonas, depois migrando para a capital devido fortalecimento da comunidade .
Em 1824, foi inaugurada a primeira sinagoga do Brasil Império, a “Eshel Abraham”, e o primeiro cemitério judaico do país em 1842. Com a proclamação da república e a separação da Igreja do Estado, em 1889, esse fluxo foi intensificado, aliado ao Ciclo da Borracha, que estava vivendo seu apogeu nesse período. Belém sedia a Congregação Israelita do Pará, com três sinagogas — Eshel Abraham (1824), Shaar Hashamaim (1889) e uma unidade Beit Chabad — uma necrópole israelita, um cemitério judeu e uma Hebraica campestre. Todos as cinco construções citadas inicialmente estão situadas no centro urbano da capital, na tríplice divisa dos bairros da Campina, Batista Campos e Nazaré.[carece de fontes] Segundo Censo, a capital paraense é o domicílio de 1.346 judeus – o município concentra quase 70% dos judeus do estado – sendo a quinta cidade com o maior concentração no país e a primeira no Norte. A comunidade é predominantemente sefaradita. A cidade também possui uma comunidade muçulmana, a maioria descendentes de imigrantes, principalmente libaneses. Belém possui uma mesquita, que integra o Centro Islâmico Cultural do Pará. Há também uma pequena comunidade Hare Krishna, que mantém um Centro Cultural que realiza festivais aos sábados, além de outros eventos como palestras.